Hoje quero falar das minhas princesas.
Estava assistindo a um programa da TV Futura com minhas filhas (Teca na TV), e abordaram o assunto de músicas de ninar, duas amigas brincavam de boneca e uma delas cantava pra ela dormir Nana neném que a Cuca vem pegar, papai foi pra roça e mamãe foi trabalhar, e a outra menina a corrige dizendo a música não era daquele jeito e cantava assim Nana neném que Lua vai chegar, o Sol volta logo e a mamãe vem te chamar.
Na mesma hora a Luana comentou: Nossa mãe! É mesmo, tem várias versões desta canção? Você também cantava diferente pra gente.
E como aqui é sempre assim um assunto puxa outro,rsrsr. Acabei comentando com ela que essa primeira versão da canção era dos avós dela, que antigamente os adultos amedrontavam as crianças pra que elas tivessem medo e assim obedecessem aos pais e fui lembrando do Homem do Saco, que pegavam as criancinhas desobedientes que choravam na rua. Minha avó também falava assim, vou chamar o Bicho Papão pra te pegar, Olha lá que o monstro tá vindo.
Eu não tenho recordações de que minha mãe falasse assim com a gente, minha mãe sempre foi muito carinhosa, O que eu me lembro era dos meus avós e algumas tias falarem dessa forma.
Mas em seguida fui dizendo pra Luana que essas coisas não existiam, que eles falavam só pra assustar mesmo.
Tadinha, ela ficou horrorizada só de me ver contar, e me perguntou se eu não chorava quando diziam isso? Eu sinceramente nem lembro mais se eu chorava,rsrsrs. Mas acabamos rindo deste assunto, e disse pra ela que Graças á Deus as pessoas também evoluem.
Pois hoje a mamãe (eu), tenho muito mais informação do que meus pais e avós tinham naquela época, e que eles não agiam daquela forma porque eram ruins, mas porque foi assim que eles aprenderam e não tinham maiores informações como hoje em dia temos e não tinham idéia do que isso podia causar nas crianças.
Apesar de tudo,rsrsr, acho que não fiquei com sequelas,rsrsrs.
Mas disse também, que hoje em dia os pais procuram conversar mais com os filhos, que no meu tempo era NÃO e pronto acabou. Não tinha a explicação, tipo, porque isso é perigoso e pode acontecer tal coisa.
As vezes acho que até explico demais, mas aqui em casa tem dado certo, sempre fui da opinião que conversando e com um pouco de boa vontade tudo se resolve . E punições, só em último caso.
Sou contra bater, não que eu já não tenha batido, mas me arrependi muito depois, e não acho que resolveu, só deixei ela com medo de mim e sem entender, e ainda mais agressiva. Pois descobri na prática que violência gera violência, e bater, nem que seja uma palmada, na minha opinião é violência. O díficil é não se deixar se influenciar pelos nossos pais, que sempre palpitam dizendo que uma palmada não mata ninguém.
Mas hoje entendo que a questão não é essa. É questão de se observar , as crianças estão em constantes mudanças, e pra elas também não é fácil lidar com algumas emoções, ai são as benditas fases, nunca ninguém é 100% obediente, isso é impossível, a gente não está todo dia de bom humor, porque exigir isso de uma criança? Como exigir respeito das crianças, quando nós não as respeitamos? O papel dos pais é ensinarem as crianças a lidar com essas fases transitórias, não digo ser condescedente e aceitar tudo, é onde volto o assunto da conversa.
Perguntar pra criança, o que está acontecendo? porque você está agindo assim? Como podemos resolver isso?
Se prestarmos atenção aos nossos filhos sempre acharemos explicação para o compartamento deles. E asim poderemos ajudar a mudar o que não está bom.
Claro que dá trabalho, mas faz parte.
E as crianças hoje em dia são muito espertas, não há necessidade disso. Quando eu cheguei a bater, me senti uma fracassada, que não consegui resolver uma situação e acabei batendo pra acabar o assunto e querer dizer que quem manda sou eu porque sou mãe (depois me senti péssima, e me coloquei no lugar da minha filha)
Imagine a sensação de impotência que a criança sente, ela apanha e não pode fazer nada!
Só pra variar eu acabei falando demais, de um assunto cheguei em outro, mas que acaba tendo a mesma ligação.
Sou adepta da criação com muito carinho, muito beijo, muito abraço, não tem coisa melhor, agarrar o filho nosso e encher de beijo, sentir o cheirinho que só eles tem, e deixarem eles seguros de que são amados.
Bom, isso é um pouco do que penso, nem sei direito porque cheguei neste assunto.
Acho que esse texto de hoje foi só um desabafo!
Essa é minha família.
Beijos fiquem com Deus.